domingo, fevereiro 20, 2011

A rejeição.


Então qual é mesmo a pior maneira de ser ignorada? De se sentir cega no marasmo de palavras e ações absurdamente inúteis? Dia desses eu necessitei, como nunca, ou sempre, desesperadamente da atenção de alguém, de alguma coisa, de nada... Então, seguindo a famosa lei universal que rege todas as coisas bastou eu precisar que prontamente não tive, óbvio, a mínima atenção. É aquela velha história... Deseja e precise desesperadamente de algo que ele, este algo, não virá na sua direção. Tentei agir como a pessoa mais leviana, despretensiosa e, ao mesmo tempo, absurdamente pretensiosa ao imaginar que meus poderes mais ingênuos funcionariam de alguma maneira. Eu sei, é terrível esta sensação, como se caminhássemos entre surdos indiferentes e berrássemos desesperadamente para sermos enxergados, e por que não? Escutados! A rejeição tem farias faces e uma das mais feias é aquela disfarçada de “atenção”. Eu sei, eu provoquei tudo isso quando depositei em você expectativas que não és capaz de suprir em mim, não tens culpa. A culpa é da irracional necessidade de sermos amados, como se isso fosse algo tão simples, como se isso fosse até possível. Sim, não posso negar as vezes que me senti amada, protegida e profundamente cuidada, mas, sim, não posso esquecer de toda a amargura que cada dia desse marcou em mim quando tive que enterrar no fundo da minha alma todas as possibilidades infinitas do nosso amor nas caixas mais sujas e desbotadas em que guardei toda a nossa história.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

No regrets!


Até aonde eu sou capaz de ir só para descobrir que estava tudo errado? Até que ponto eu sou capaz de reconstruir a destrutível e frágil capacidade de crer nas coisas simples da vida sem o medo latente de tudo aquilo que me dilacerou um dia?

Todas as vezes que eu senti você despedaçar no caminho eu tentei aliviar sua dor com a minha certeza inabalável na cura do amor. Eu bebi daquela fonte, eu me banhei naquelas águas, eu fui feliz naqueles braços, eu me perdi e me reencontrei durante noites infinitas nos teus abraços... Eu senti a tua morte, em vida, me dando o último beijo doce que amargurou meu coração por estações solitárias.

Eu já senti a fúria dos vulcões em meus pés e o coração palpitante de um garoto encantador nas noites em que me despi de todas as certezas e me entreguei a todos os sentidos sem sentido da emoção. Eu não me arrependo de cada gota de amor que derramei em teu colo, eu nunca deixei de entregar cada naco de minha alma enquanto caminhava ao teu lado, e eu fui feliz, mulher e inteira em cada instante desta jornada miraculosa que se findou no céu prateado das nossas ilusões...