terça-feira, setembro 27, 2005

Sonho de Criança

Ando escrevendo muito ultimamente. Pena que dou mil voltas e acabo falando das mesmas coisas, com as mesmas palavras e os mesmos cansativos sentimentos. Engraçado, eu sempre falei tanto que a vida era como uma grande montanha, onde a cada subida e a cada nova curva vislumbramos novos horizontes, os quais justificavam o temporário desconhecimento sobre nós mesmos, e sobre as decisões que a vida as vezes nos coloca guela abaixo. Estranho como é difícil deixar a vida falar, levar um pouco a gente, e ao mesmo tempo é o caminho mais fácil e o que menos aceitamos. É hilário como nos iludimos achando ter as rédeas de alguma coisa. Não temos nem a nós mesmos! Sequer sabemos o que nos originou! Não podemos garantir o nosso passado que dirá...
A minha força acredita que eu faço diferença sim! Que se eu não existisse algo não estaria perfeito, algo não faria sentido. Eu sou uma peça tão insignificante quanto fundamental nesta imensidão do universo. Voei por várias vezes como uma anjo caído atrás de uma ilusão e por muitas noites foi esta que me alimentou e me deu razão. Não quero simplesmente apagar a minha história, não quero me bastar e ser uma ilha de solidão quase tranquila, quase silenciosa, quase perfeita. Não quero me conformar só porque não tenho as respostas. Pouco me importa se vai haver algum sentido para o sem sentido do viver. Pouco me importa se está tudo evaporando ou se transformando em sei lá o quê. Eu quero agora é gritar bem alto e acreditar nos olhos de algum estranho, qualquer um, que tenha coração. Eu quero agora alimentar a minha dor até ela morrer de tédio, enfartada dela mesma. Quero viver a minha revolta devagar e intensamente. Quero deixar a garotinha quase perfeita do papai pintar as paredes do mundo e mostrar que não é uma santa, que chora sempre quando sente medo, que sofre sempre quando sente dor e que sonha sempre... sempre com um dia melhor.
Por Deus! Onde eu estava que não vi aquele homem ao pé da escada a me olhar escandalosamente com uma sede de vida e uma ternura quase juvenis? Onde eu me escondia que não esbarrei naquelas mãos tolas e lindas a me buscar, a me atormantar, a me fazer delirar? Como um anjo pode ser mortal de repente? Como um santo pode morrer sem altar simplesmente? Como um "anjo" pode ter a chave de toda a beleza, ternura e magia do mundo? Como sou boba e alegre nestas horas em que deixo a menina correr descalça pelo jardim e pela casa, arrastando tudo que há pela frente na barra da sua saia, cheinha de vida e encantamento. Cheinha de sonhos e ilusão. Cheinha de desejos e fantasias.
Correndo só com o coração.

terça-feira, setembro 13, 2005

Magia. Dor e Amor?

Magia. Passeia noites inteiras vivendo na mais pura magia estes dias. Voava e enfeitiçava junto com eles, fazia parte de seus rituais e buscas, ouvia o som do pianao me anestesiar com suas melodias tristes. A insônia me fez companhia por mais uma longa e solitária noite, e junto com ela mergulhei nas páginas dos meus antigos diários, cheios de magia, mistérios e ilusão. Precisava desesperadamente mergulhar de novo em minhas memórias. Busquei em cada página beber o meu ser intensa e violentamente. Queria esquecer de você para sempre ou te possuir por inteiro de uma vez! Queria uma definição, uma segurança, alguma constatação. A minha vaidade tem se mostrado mais vaidosa do que nunca. Não aceita este silêncio escandaloso. A vida me traz de volta ciclos inteiros de sonhos, eu vi na televisão! Eu estava lá! Eu chorei junto com "eles" e amei com tanta intensidade suas paixões. Foi nesta hora que o encontrei, no momento final! E os olhos continuaram a dizer coisas infinitas... E a música e os santos têm me carregado gentilemente para longe deste meu cansativo drama; e me alimentado de uma espécie de esperança quase juvenil, quase infantil, quase feliz. Eu procuro "você" há tanto tempo! Eu te preciso como nunca! Há tantas vidas que eu te necessito! A tantas noites sinto meus olhos rasos d'água ao mesmo tempo que um leve sorriso brota dos meus lábios... Durante longas noites vejo "tua" sombra através de lágrimas no meu travesseiro. Oh meu mestre, meu sonho, minha vida! Traz de novo o sentido de existir. A quantas tempestades te busco? A quantas noites solitárias te clamo? Infinitas..... Quantos sóis, quantas vidas ainda hei de viver sem "meus olhos".
E, em homenagem a Magia.....

"Magia, mente de marfim. Pele de cetim
Pelos dourados ao sol
Sinto que sou um paiol
Pronto para explodir.
Vida porque tu és assim
Se afasta sempre de mim
Como um peixe no mar a nadar.
Com os seus olhos de lince
Serpente de emoção
Enfeitiça o meu coração
A uma estrela do mar
Não se pode dizer não.
Tempo, segue logo meu pranto
Acorde de novo meu canto
Faça de mim uma estrela brilhar"
By Luiz caldas

segunda-feira, setembro 12, 2005

Tristeza


Oi tristeza, eu gostaria de saber quando é que você vai embora?

Quando é que vai cansar de mim? Quando é que vai deixar meu peito respirar sem dor? Gostaria de saber porque você é tão intensa.

O que te movimenta? E por que és tão necessária?

Qual será a tua mensagem? ou será que não traz alguma razão?

Alguma justificativa plausível e mesmo assim me acorrenta indiscriminadamente tantas e tantas noites através de gritos mudos e abafadas em meu coração.

quinta-feira, setembro 08, 2005

O Bolo

Uma das coisas que sempre me fizeram sentir grande raiva e tristeza foi quando alguém deixou de comparecer a um encontro marcado comigo. Desde novinha, sempre tive péssimas experiências acerca desta situação, pois não foram poucas as vezes que me aprontava física, psicológica e emocionalmente para esperar alguém e me deparar com o passar das horas e finalmente encarar o descaso explícito, sem qualquer aviso, qualquer consideração ou razão. Essa, certamente será a sua maior virtude, a mais nobre, a que mais me fez deixar você entrar na minha vida! a tua pontualidade quase sagrada. Hoje não vivo mais angustiada com os "furos" e descasos, mas ainda me traz uma mofada sensação de mal estar, de retrocesso, porque consegui vivenciar a presença, a segurança e não suportaria mais admitir a indiferença. Acho isso tão triste e desnecessário! Mais uma vez escuto uma canção que me trasporta no tempo e me faz desejar o passado projatado em um futuro tão incerto, cheinho de talvez! É horrível o talvez. Um não dói. Um sim pode levar aos céus. Mas um talvez acorrenta a alma de incertezas, de será, de interrogações. A cada dia estamos mais distantes e procuro não pensar nisso. Eu estou literalmente deixando a vida me levar e escolhi não fazer nada. Nada por você, nada por nós dois... Nada por ninguém! Escolhi não escolher, e definitivamente não sinto mais você ao meu lado, as vezes, simplesmente, você deixa de existir em minha vida e a cada minuto você vai morrendo junto com as cinzas das horas que passam sem piedade.
Fui ver um lindo filme esses dias e me envolvi tanto com o sentimento daquelas pessoas! Chorei e sorri com elas como se fossem minhas as suas emoções. E agora, de novo a música me leva para os braços da noite carregada de magia, promessas e sonhos...... E agora, só a noite me pertence e só a esta eu pertenço, junto com a música e o sonho. Agora não há desfeita que possa me fazer chorar. Agora, que já estive no chão, só posso levantar e caminhar, para quem sabe um dia....um dia "me" trazer de volta para mim.

quinta-feira, setembro 01, 2005

De novo adeus!

Você acabou de sair de novo da minha vida! Quantas vezes mais eu vou ter que te dar adeus? Nada mudou desde o primeiro. Você está tentando, está buscando no mundo a felicidade que não achava mais por aqui. Amor. Você fala em amor. Eu tento acreditar neste amor, aliás, eu preciso, ainda, acredita neste amor. Foi tudo o que me restou de você, e a cada dia que passa você está mais longe, e eu sinto que me acostumo a viver sem você e isso é quase tão bom quanto viver com você! Acabei de te desejar boa noite como nos velhos tempos, as vezes preciso abrir um parentese na confusa realidade do presente e deixar o passado viver só mais um pouquinho.... só mais um pouquinho. Nem que seja pela última vez! descobri que gosto mais de você do que eu julgava e também que posso te esquecer mais rápido do que eu gostaria. Converso com anjos e ouço no silêncio respostas que ainda não compreendo! Assim como ouço esta canção eu me deixo levar para um lugar tão seguro e aconchegante dentro de mim, que nada nem ninguem pode me fazer sair deste transe... a música é minha máquina do tempo, é minha fuga e meu encontro comigo mesma. Não me conformo com a tua calma em me deixar partir. Você me acostumou muito mal com tantos dramas e choros que é estranho esta calma quase escandalosa. Queria te fazer sentir a minha ira e o meu amor, mas agora os meus poderes não funcionam com você. Nunca imaginei que terias tanto espaço neste cantinho que é só meu e dos meus amores perdidos em tempos atrás. Adeus menino! vá adiante e não olhe para traz. Adeus passado fique no seu lugar e me deixe em paz! Adeus nós dois ou até mais.