Uma das coisas que sempre me fizeram sentir grande raiva e tristeza foi quando alguém deixou de comparecer a um encontro marcado comigo. Desde novinha, sempre tive péssimas experiências acerca desta situação, pois não foram poucas as vezes que me aprontava física, psicológica e emocionalmente para esperar alguém e me deparar com o passar das horas e finalmente encarar o descaso explícito, sem qualquer aviso, qualquer consideração ou razão. Essa, certamente será a sua maior virtude, a mais nobre, a que mais me fez deixar você entrar na minha vida! a tua pontualidade quase sagrada. Hoje não vivo mais angustiada com os "furos" e descasos, mas ainda me traz uma mofada sensação de mal estar, de retrocesso, porque consegui vivenciar a presença, a segurança e não suportaria mais admitir a indiferença. Acho isso tão triste e desnecessário! Mais uma vez escuto uma canção que me trasporta no tempo e me faz desejar o passado projatado em um futuro tão incerto, cheinho de talvez! É horrível o talvez. Um não dói. Um sim pode levar aos céus. Mas um talvez acorrenta a alma de incertezas, de será, de interrogações. A cada dia estamos mais distantes e procuro não pensar nisso. Eu estou literalmente deixando a vida me levar e escolhi não fazer nada. Nada por você, nada por nós dois... Nada por ninguém! Escolhi não escolher, e definitivamente não sinto mais você ao meu lado, as vezes, simplesmente, você deixa de existir em minha vida e a cada minuto você vai morrendo junto com as cinzas das horas que passam sem piedade.
Fui ver um lindo filme esses dias e me envolvi tanto com o sentimento daquelas pessoas! Chorei e sorri com elas como se fossem minhas as suas emoções. E agora, de novo a música me leva para os braços da noite carregada de magia, promessas e sonhos...... E agora, só a noite me pertence e só a esta eu pertenço, junto com a música e o sonho. Agora não há desfeita que possa me fazer chorar. Agora, que já estive no chão, só posso levantar e caminhar, para quem sabe um dia....um dia "me" trazer de volta para mim.
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