segunda-feira, maio 22, 2006

Vi(...)

Vamos entrar no universo perigoso da sensibilidade. Aquele lugarzinho onde tudo é infinitamente potencializado e pode, às vezes, levantar pequenos cacos de vidro em meio a jardins floridos.
Dias corridos, noites em claro, prazos para cumprir e um futuro lindo para viver...
Andei sobre as águas, sobre as pedras, sobre os meus sentimentos egoístas, rasos e delicadamente intensos. Andei sobre tudo aquilo que me fez chorar e sorrir. Vi minha fortaleza ruir diante da minha necessidade de encontrar um colo no meio da noite fria e escura.
Vi a minha esperteza ser enganada facilmente por uma fraqueza infantil de acreditar nas doces palavras de amor.
Vi minha integridade e maturidade, lapidadas com tanto esforço ao longo de tantos anos, ruírem por terra diante do primeiro “não”.
Na hora que tremi de terror e angustia pela revelação, me vi de fato, como realmente sou: uma menina, sozinha e sonhadora, que costuma acreditar em estrelas cadentes e se perder olhando os aviões que rasgam os céus. Apenas isso... Uma coisinha tão frágil que abro a cada dia e que me faz ver o quanto eu preciso de você, minha menina!

sexta-feira, maio 12, 2006

Fecho os olhos...

Sabe aquela horinha na vida onde cai a ficha e tudo fica severamente claro e libertadoramente frio? Foi assim que me senti quando olhei o reverso da medalha. É bem verdade que a muito ninguém quis me enganar mais do que eu mesma, porém, alguma coisa camuflada neste “véu” de ilusões me fazia enxergar, apenas, o teimoso lado da dor.
A melhor parte desta “brincadeira” é poder mexer com todas as possibilidades e transitar, sem dramas, nos diversos caminhos que gentilmente a vida me ofereceu. Como se em algum momento eu tivesse tido escolhas... A sincera verdade é que a forma intransigente que me comportei levou-me a um “tempo” desnecessário e cansado de agonia. Tudo culpa minha... Agora, eu vou sentar naquele cantinho "ali", meu pedacinho mágico de céu, e vou fechar os olhos para te encontrar de novo, simplesmente, porque eu preciso de você! Agora!

terça-feira, maio 02, 2006

Agora...

Agora, nesta droga de momento de completa descrença e desilusão, eu enxergo claramente quem são vocês!
Engraçado como tudo é pratico e certo quando estamos juntos. Você tem tantas certezas. Você me cobre com um universo de promessas que não resistem a primeira "distancia" que atravessa o seu caminho.
Paro agora e vejo, como num filme, toda a minha escalada até chegar aqui. Nada foi "verdadeiro"... Tudo foi uma bonita ilusão que não se sustentou à primeira chuva forte do inverno.
A quem vocês pensão que está enganado? Quem você pensa que "leva" com esta carinha de ternura desolada e perdida?
Eu não cultivo mais as suas ilusões. Nem as quero!
É bem verdade que precisei delas para respirar em momentos de completo desespero.
É estúpido estar aqui agora fazendo uma busca insana para me sentir normal. Para me sentir feliz... Você teve todas as suas chances, todos os seus romances, e aonde esta você agora?
É nesta hora que vejo a real dimensão do meu significado diante das pessoas que me cercam. Mas, querido, eu nunca precisei de verdade de você! Querido, você é tão substituível quantas todas as fases e idades da minha vidinha.
Vejo imagens que me angustiam, escuto o silencio do telefone me lembrando que você nunca foi quem eu realmente pensei. E agora? Não sei... Pouco importa
Sonhei, de novo, com a sua ingratidão que me fez cair em uma dor plena e seca mais uma vez.
Te odeio quando lebro de mim lá atrás. Te odeio por ter te amado um dia. Sonhei com uma escolha e um vazio que não tem explicação, assim como este silencio de agora.
Como eu disse antes; você não sabe me amar e não te culpo por isso, apenas, me protejo de ti