Não faço idéia se há alguma resposta plausível para tais questões, mas elas rondam a minha existência desde a tenra idade, desde as longas e mágicas tardes em que eu vivia observando os aviões sumirem no céu em direção ao sonho e ao inexplicável.
Sinto-me angustiada diante da necessidade de encontrar respostas e causas, sinto-me exasperada diante do desejo reprimido pelo que dizem que é certo. Preciso aprender a controlar minha angustia, minha espera, minha necessidade de conhecer o caos. Preciso aprender a deixar as coisas seguirem livremente, em direção ao futuro inexorável que nos aguarda, preciso aprender a confiar no inexplicável, nas noites vazias e cheias de respostas perdidas. Preciso aprender a viver, apenas isso, sem que haja grandes expectativas, maiores explicações ou razões.