domingo, fevereiro 03, 2013

"..."




Estes dias li algo sobre as reticencias, aqueles três pontinhos mágicos que sempre nos mantém em suspense e, igualmente, mantém ‘suspenso’ nosso destino, ou futuro. Também nunca gostei do ‘ponto final’. Não me agrada esta ideia de um fim irredutível, inexorável e inegociável em nada nesta vida! Eu gosto da expectativa que estes três pontos mágicos trazem, ainda que nenhuma delas se concretize no final. Na verdade não importa o que irá acontecer, importa que seja imortal, não apenas ‘enquanto durar’, mas principalmente ‘após o fim’. Não se esqueça, eu ‘já fui você’ por muitas noites delirantes e inebriantes, tão intensas que, como tatuagem, cravam na alma suas marcas. Você já ‘foi eu’ em cada momento que se dispôs a conhecer o meu mundo, meu sagrado espaço encantado, você quase chegou a ‘sentar’ na minha old chair... Aquela de onde eu vejo meus sonhos se realizarem, em um lugar onde só aqueles que não se deixaram amargar com a ‘crueza’ da vida podem enxergar. Eu lamento, profundamente, que tenhas se tornado o oposto daquele garoto encantador e confiante que eu conheci um dia, que me apaixonei perdidamente, que me entreguei mesmo 'sem conhecer’ – porque tinha um coração! Que acreditava no destino e nas canções... Lamento que tenhas se transformado em um daqueles que desistiram sem se quer lutar, por medo da derrota, se retiraram da batalha. Pior, por medo, mais ainda, da vitória. Preferiu se acomodaram com o raso, o superficial, o que a maioria tenta desesperadamente se convencer que é o ‘melhor’:  viver uma vida medíocre, segura e sem riscos, com uma quantidade cada vez maior de experiências de todas as ordens e uma qualidade cada vez menor de experiências que valham a pena refletir sobre, que valham a pena deitar na cama e reviver na memória durante a noite. Sabe por que eu larguei tudo e te escolhi? Porque você era justamente o oposto deste marasmo de pessoas infelizes com suas vidas e, que para se conformarem melhor com isso, tinham que perpetuar a ideia de que a viver “aquilo” é impossível! Afinal, tem que ter coragem para amar, e amar o outro quando o outro desmorona, quando o outro surta, quando o outro não sabe mais onde esta! Tem que ter coragem para amar não só na alegria, mas na dor, na confusão, na desilusão!!!! Cada paixão é linda, é inebriante, traz tudo aquilo que facilmente nos envolve: mistério, sedução, surpresas... Mas todas elas terminam e o que fica depois disso? Depois que este momento sedutor se vai, o que sobra, afinal? As mesmas rotinas de sempre, e o que faz uma história valer a pena? Os motivos pelas quais se acreditou nela desde o começo, aqueles que a razão não sabe explicar! Amar é uma escolha que requer coragem. Amar quando tudo vai bem e os sorrisos são largos é fácil e não dignifica ninguém, não traz saltos qualitativos, não nos faz melhores, pois é cômodo e simples. 

Mas... Para terminar como tudo começou...

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