terça-feira, outubro 09, 2007

Estou...

Estou sensível estes dias... Sensível como uma criança, aliás, como a criança que reside em mim.
Estou reflexiva, saudosa, introspectiva e melancolia... Não posso sufocar o meu lado mais real! Não posso deixar de escutar o que meu coração insiste em querer dizer.

Aguardo notícias, segredos, passados revelados e noites cintilantes... Talvez eu espere demais, ou, talvez, a magia ainda nem tenha começado de verdade.

Não me canso de repetir como fico encantada quando me reporto àquela escada ou àquela madrugada chuvosa. Não me canso de rememorar cada esquina do meu passado, cada trilha, rota, rumo, atalho... Não me canso de esperar um sinal e também de desvendar um mistério.

Quando eu era mais nova, costumava crer que todo sentimento era sustentado pela sua exata dimensão em outrem, nem que fosse à direção contrária, mas tinha de haver um eco, um reflexo, para toda e qualquer emoção despertada por outrem em nós.

Hoje costumo reencontrar-me através de pedacinhos de gente espalhadas por aí...
Gente que nunca vi, mas que mostra a mim mesma através da sua existência. E isso me fez desmistificar a minha crença juvenil, de que tem que haver uma razão linear para o sentimento. Na verdade, o que há, são ecos nossos espalhados pelo mundo. Nada determinístico assim, mas profundamente belo.

Descobri que você mexe comigo justamente por fazer parte do meu passado, justamente por ser ausente. Descobri que a presença me anestesia, que a realidade me espanta e que liberdade é poder fechar os olhos e sonhar em paz.

Nenhum comentário: