Sonhos, ó sonhos! Dor, ó dor, por que faz parte de minha mente errante? O que faltou trazer e que ficou para traz? Quem te disse que beijar assim é pecado? Onde aprendeste que amar assim é proibido?
Quando leio que a vida é uma só, em alguma estante pouco importante, descubro que já vivi inúmeras vidas através deste mesmo invólucro.
Mas... Qual foi a minha mais real história? Contei-te de mim, de coisinhas minhas, coisinhas tão sutis quanto pétalas anis. Você já me viu naquele altar, já me salvou daquele mar, já me levou para sonhar em tardes frescas na janela do teu quarto sereno, tal como a paisagem da primavera nos dias de chuva.
Sabe... Queria poder voltar no tempo algumas vezes, para poder ver-te de novo ao meu lado, segurando meus cabelos ao vento e me contando histórias só nossas... Sabe, queria poder ser criança outra vez, e ter toda a ingenuidade latente que salva e ampara neste mundo tão frio, tão vil, tão vazio... Queria poder escutar Ave Maria todas as vezes que alguém fez-te sofrer e por todas as vezes que alguém fez-te chorar.
Lembra das tuas lagrimas, menino lilás? Lembra dos cabelos louros e dos nossos sorrisos marotos? Lembra das partidas, das despedidas, do nunca mais? lembra que um dia eu subi escondida as escadas da vida só para acompanhar-te? Só porque você me fazia sentir segura... Só porque eras meu pedacinho de mar...
Eu só tinha dezesseis anos, como poderia saber? Como poderia entender e como poderia salvar-me? Escutei, e ainda escuto, o tema folclórico da minha vida todas as tardes que volto para casa. Lembrei, e ainda lembro, de cada momento da minha vida como quem assiste a um filme da década de vinte, em preto e branco, mas com sons lilás.
Quando leio que a vida é uma só, em alguma estante pouco importante, descubro que já vivi inúmeras vidas através deste mesmo invólucro.
Mas... Qual foi a minha mais real história? Contei-te de mim, de coisinhas minhas, coisinhas tão sutis quanto pétalas anis. Você já me viu naquele altar, já me salvou daquele mar, já me levou para sonhar em tardes frescas na janela do teu quarto sereno, tal como a paisagem da primavera nos dias de chuva.
Sabe... Queria poder voltar no tempo algumas vezes, para poder ver-te de novo ao meu lado, segurando meus cabelos ao vento e me contando histórias só nossas... Sabe, queria poder ser criança outra vez, e ter toda a ingenuidade latente que salva e ampara neste mundo tão frio, tão vil, tão vazio... Queria poder escutar Ave Maria todas as vezes que alguém fez-te sofrer e por todas as vezes que alguém fez-te chorar.
Lembra das tuas lagrimas, menino lilás? Lembra dos cabelos louros e dos nossos sorrisos marotos? Lembra das partidas, das despedidas, do nunca mais? lembra que um dia eu subi escondida as escadas da vida só para acompanhar-te? Só porque você me fazia sentir segura... Só porque eras meu pedacinho de mar...
Eu só tinha dezesseis anos, como poderia saber? Como poderia entender e como poderia salvar-me? Escutei, e ainda escuto, o tema folclórico da minha vida todas as tardes que volto para casa. Lembrei, e ainda lembro, de cada momento da minha vida como quem assiste a um filme da década de vinte, em preto e branco, mas com sons lilás.
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