sexta-feira, setembro 22, 2006

Saudade...

Onde foi que deixei você escapulir minha “paz”?
Qual foi o instante exato onde eu tinha que dizer não, para continuar libertando-me das amarras mal assombradas de um passado mal vivido?
O que a vida quer me mostrar com isso? Ou será que são apenas as “correntes” da minha imaginação que me impedem de voar mais alto?
A saudade sempre me acompanhou pela estrada da vida... De uma forma ou de outra eu sempre senti tanta saudade! Sonhei com encontros e revivi momentos que só posso buscar na minha memória adormecida... Todos se foram... Todos partiram para o nunca mais e eu fiquei cheia de saudade...
Não posso negar que o melhor lugar do mundo reside lá no fundo do baú das minhas memórias... Não posso negar que a solidão, às vezes, inexata e dura é a única companheira que nunca nos abandonará... Não posso deixar de fechar os olhos e rezar para rever minha vida novamente, como em um filme, passando na minha frente e me fazendo vibrar!
Que saudade mais estranha... Mais intensa e mais doce também!
A escolha certa traz caminhos tão mágicos... Mas o passado também é tão encantador...
Tão atraente para a minha cabecinha apegada e confusa.
Não me canso de lembrar que sonhei com meus bons momentos, não me canso de saber que os terei eternamente dentro de mim... Porque nada podemos carregar desta vida senão as lembranças, e eu as tenho tão vivas e fortes dentro de mim que são quase reais, como escrever uma carta ou andar pela calçada.
Nunca trarei a amargura da saudade arrependida, mas a doçura da saudade vivida, de coisas que existiram por completo e cumpriram sua missão do início ao fim... De coisas que nasceram, cresceram e morreram na hora certa, deixado em meu peito a brisa de um dia de verão, onde o sol queimava, mas não ardia e, a tarde reinava como uma noite estrelada trazendo a eterna magia da sua existência.