sexta-feira, maio 11, 2012

When I was falling apart....


Aqui, na inquietude silenciosa e lúgubre da sala de estar, sentada na minha old chair, semi-iluminada pelo reflexo das minhas ideias perdidas no espelho fosco atrás da porta, eu constato o quanto estive distante de minha verdadeira natureza, todas as vezes que não estive aqui, comigo mesma, escutando o eco de cada passo que dei na direção do meu fantástico castelo de areia, suspenso no ar, através da minha ingênua fantasia de que bastava apenas querer – profundamente, ardorosamente e sinceramente – que encontraria a paz eterna nos teus braços, como nos velhos retratos que repousam em paz a imagem imortal da nossa historia quase feliz.

Estive perdida por um tempo, estive distante por um tempo, estive cansada por um tempo... De tentar descobrir qual seria a resposta. Cansei de perguntar, especular, buscar e apenas encontrar passos vagos pelos caminhos mais delirantes que resolvi atravessar. Descobri poesias que só em meus ouvidos despertaram paixão, senti paixões que só realizaram na minha imaginação, adormeci nos braços do amor infinito e da imortalidade da amizade sincera após despertar para a realidade da finitude e da falsidade.

Não sustento qualquer teoria derrotista diante da vida e da felicidade, apenas contemplo que tais sentimentos são frutos de momentos isolados, e quase "desconectados", da “realidade”. Não existem sentimentos estáticos, tão pouco garantia sobre os mesmos, existe apenas o sentir e a emoção de viver tais sentimentos. Sou grata por ter sido apresentada a quase todo tipo emoção, dói fundo a saudade que tenho de você, da minha ilusão e das flores do campo que trarias em Maio para enfeitar a nossa história. Ainda amarga nos meus lábios a lagrima perdida que insiste em cair a cada canção que canta a "nossa historia", como se você ainda estivesse aqui, como se eu ainda fosse aquela menina, como se nós ainda fossemos um só. Um só... Será que isso existe? Quem inventou esta fantasia?

A sensação de “unidade”, através deste caleidoscópio de emoções quando se fundem, faz de nós apenas um e, na sua ausência, faz de mim pedaços do que fui...