segunda-feira, agosto 16, 2010

When I close my eyes


Fecho os olhos e vou até você navegando nesta imensidão infinita que parece ter se transformado nosso caminho... Sinto você quando revejo dentro de mim a vela que iluminava as minhas preces nas noites frias da minha infância. Quase posso sentir aquele seu abraço de novo, me protegendo, me desejando, me mostrando como viver a magia de sentir eu mesma através de você... Mas seu olhar vazio nunca mais permitiu que eu voltasse para os lugares incríveis que um dia teu coração me mostrou. E eu sempre me pergunto... O que será que mudou? Será que na verdade aqueles olhos nunca significaram nada e tudo o que eu via refletido neles era a força do meu desejo latente, ou será que aqueles olhos foram reais e a única explicação é que hoje estão mortos? Onde estávamos que permitimos que todo aquele sonho se transformasse em poeira morta no ar? Onde eu estava que me permiti o maior encontro e desencontro da minha existência? Será mesmo que é melhor perder à nunca ter encontrado? Será que a derrota realmente compensa a dor da saudade? Será que o inferno realmente compensa o instante único e pleno de felicidade perdida?

Não sei... Só sei que nas noites tempestuosas ainda tenho medo da chuva, ainda tenho sonho com a lua e ainda me vejo refletida na menina que um dia sorriu para o estranho mais intimo que um dia já conhecera em seu caminho.



sábado, agosto 07, 2010

.... A memory of myself....


Estou apenas tentando reescrever a historia da minha vida em minha mente, através das imagens que a memória permite-me ter, usando toda a força deste sentimento que me mantém viva através de flashes da minha verdadeira história... Aquela que pude assistir através da emoção que percorre meu corpo todas as noites em que vislumbro a tempestade chegar à minha janela.

Eu quase posso sentir o meu mais profundo e secreto ser explodindo através da musica que entorpece meu corpo e minha alma de infinitas emoções, razões, sensações... Que permite que todos os momentos mais importantes da minha vida explodam em minha frente mostrando como eu fui tola, por acreditar que as promessas eram para sempre; como eu fui santa, por rezar por vocês nas noites frias do mais devastador inverno que meu coração já encontrou; como eu fui cruel, quando te enganei como doces palavras jamais cumpridas e como eu fui ingenuamente humana, quando eu sentei diante da única vela que iluminava o escuro quarto da minha alma e chorei por ti na noite mais gélida do verão da minha vida.