quinta-feira, novembro 29, 2007

Procuro...

Procuro as palavras, mas as palavras não são suficientes para definir o que há em mim...
Procuro um caminho, mas caminhos não são capazes de me dizer a razão.
Procuro a chuva, mas a chuva não pode me livrar da solidão.
Procuro você, mas você não mora mais em mim....

sexta-feira, novembro 23, 2007

Quero!

Eu não quero ganhar e nem perder... Não esta noite!
Quero apenas sentir toda essa fúria que vem do seu corpo sobre o meu. Agora e sempre!
Quero deslizar minhas mãos, cautelosamente, sobre teu rosto sedutor, pelas tuas costas dispostas, teu peito franco, teu pescoço convidativo (...).
Quero teu desejo mais quente e penetrante, my dear... Assim como na noite do “Lê Piano”, lembra? Feche os olhos e ouça a música de novo, feche os olhos e sinta meu corpo quente e entorpecido com o vinho tinto te dizendo que sim!!!
"Eu só quero me entregar ao estranho que tem coração, lembra?"
Quero invadir você com meus toques, com a quentura macia da minha boca e sentir cada vez mais o seu êxtase em mim. Nasci para ser assim!
É como uma brincadeira de criança, você conquista a minha confiança e eu, disposta e feliz, abro meu mundinho para você! Só pra você, penetrar e sorver, até a última gota.
É como um joguinho sem importância, você conquista-me e descobre-me ganhando a eletrizante delícia de sentir-me “em ti”.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Menininha...


O que se passa nesta cabecinha menina?
- Passam aviões, sons...
Como assim?
- Passam pessoas que entraram na minha vida e que partiram sem eu perceber...

- Passam aquelas que entraram na minha vida e que logo se fizeram necessárias...

- Passam aquelas que simplesmente nunca estiveram “aqui". Eu nem sequer notei a sua partida...

- Passam também as que partiram arrancando um pedaço de mim!

Mas isso te faz triste?
- Apenas faz-me ter consciência que estou viva, e que estar viva implica em perdas, ganhos, mas, sobretudo, implica em partidas...

E o lado bom? Há?
- Mas é claro que sim! É por causa dele que estou aqui, sorridente olhando o horizonte e desejando entrar no próximo vagão (...) Partir para a esperança que só o futuro traz...

Você está chorando?
- Sim, acho que estou chorando, sem lágrimas, mas chorando sim...

Menina, o que te fez assim?
- Crescer! Não tive outra escolha, o tempo não me deu outra opção. Arrastou-me sem pedir licença, sem, sequer, preocupar-se em saber a minha opinião!

Mas tem o futuro, não é? Você mesma disse!
- Disse... Disse tantas coisas ultimamente... Desde que 'voltei' para cá...

O que está te incomodando agora?
- O meu segredo!

Então, porque não dividir com alguém?
- Porque é O MEU SEGREDO!

Entendo... Mas, você é feliz?
- Ser feliz é um pouco permanente e definitivo demais, não acha?

Então...
- Estou em um estado de espírito de felicidade. Isso é o mais próximo que podemos alcançar neste tema, não acha?

Acho que você venceu!
- Não. Eu lutei! É diferente. Vencer é algo estático e momentâneo, logo no dia seguinte não tem mais valor algum. Lutar... Lutar é dinâmico e sempre me acrescenta algo.

Você quer falar algo? Sinto você ofegante, ansiosa.
- Sim, quero falar que o adoro com todas as minhas fibras e que quando leio em algum lugar que toda paixão tem um tempo de vida útil, me da um nó na garganta... Porque não sei viver sem estar apaixonada... Sem ser violentamente amada! "I am falling in love with you"
- Tenho medo que ele não compreenda!

Não tenha medo. Que tal apenas viver?
- É o que tenho feito desde que "mudei" para cá. Sinto falta da minha casa, da minha janela favorita, do vento fresco em meus cabelos e das noites escuras e promissoras de um ano mágico e inesquecível.

- Sinto falta dos meus sonhos à noite, e da certeza que tive um dia de que havia achado o meu tesouro... Foi mentira... Era só mais um alarme falso. Sinto falta da minha ingenuidade libertadora e das tardes intermináveis sob as árvores do sítio do meu pai...

Mas tem o futuro, e você mesma disse que havia esperança!
- Isso é o que me faz acordar e ter vontade de pegar a vida com as mãos! Essa é a minha motivação, minha razão e minha única meta: O FUTURO, que antes me causava medo e arrepios. Hoje, é liberdade, e quem sabe, felicidade.

Vamos lá garota. Você sabe as respostas, então para que tantas perguntas?
- Para não me perder da minha essência. Para não me conformar com as "verdades" universais sem qualquer garantia. Para não enlouquecer achando saber alguma coisa nesta vida!

E isso te faz triste?
- Não!!! Por Deus, isso me faz saber que não sou medíocre. Que não sou melhor nem pior que ninguém. Isso me faz ter IDENTIDADE. Isso me traz de volta eu mesma.


Te amo menininha. E rezo todas as noites para que seu futuro seja tão belo quanto as manhãs floridas no verão do sítio. Para que no momento de dor você encontre resignação para NUNCA desistir da luta que falas com tanto fervor. Para que na hora do medo, não te falte coragem. Para que o seu amor seja verdadeiro o suficiente para saber enxergar você... Assim, apenas você!

- Amém.

sábado, novembro 03, 2007

Desejo.

Queria pular em cima de você agora com todas as minhas garras e as minhas forças para, quem sabe, impedir você de ir embora.
Queria te jogar em minha cama, em minhas entranhas, com o ardor de uma profana só para te enlouquecer por alguns instantes profundos e depois te deixar partir... Em paz... Sem palavras.
Poderia ajoelhar até o mais lúgubre altar só para te fazer chorar por mim e depois me fazer de santa, e até, quem sabe, te confundir na minha doce teia de emoções.
Poderia me jogar deste abismo ou no mar da noite, em teus braços, para sempre... Qual deverá ser a minha escolha? Depende do caminho..."- Vá, mas só se tiver um coração!". Será que eu sei que você é aquilo tudo que sempre me faltou? Será que você sabe? Não sei... Meus instintos me mandam tirar as peças de todas as roupas e de todos os obstáculos que poderá haver entre meu corpo e o seu. Minha vontade manda “varrer” para longe de mim toda angustia e me entregar a um prazer sem dores e sem limites... Minha verdadeira natureza grita que sempre foi por isso que busquei! Pela minha libertadora vontade de jogar meu corpo em cima do seu... Mais nada... Apenas "cair" sem pudores em mim mesma até o sol raiar.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Valsando...

Como me julguei amada, e como valsei na madrugada, ao som dos eternos bandolins que envolviam minha alma entorpecida de sons, emoções e cores cintilantes...
Como me julguei amada na noite da escada, sob a chuva das praças, enquanto todos bailavam indiferentes a nós, e enquanto eu me perdia e me encontrava nos braços teus.
Como me julguei amada, despida de roupas, medos e lagrimas, enquanto sentia teu coração pulsar junto ao meu, enquanto beijava tua boca em forma de adeus, enquanto as rosas azuis caiam em meus jardins sofridos de girassóis perdidos.
Como me julguei amada, como uma bailarina encantada, no centro da tua estrada, valsando com a ternura de uma criança acanhada e tão doce quanto qualquer nobre mortal.
Como me julguei amada e como quis possuir cada lagrima que dos teus olhos caíam e rolavam, em busca de uma eternidade segura, perdida, confusa e tão minha...
Como me sinto cansada e inebriada de emoções que cortam o meu futuro como a fúria de um furacão.
Como me julguei amada e abandonada... Perdida em minhas próprias fantasias e historias, quando um dia, de repente, tudo mudou de cor... Meu céu não estava mais estrelado como nas praias que costumava buscar teus braços fortes, e meu norte não mais apontava na direção de um avião que vinha do sul, lembra? Assim como na adolescência contemplava as estrelas e sabia que nelas estavam a nossa história, a tua glória, a minha eterna fantasia de um dia ser, apenas, amada.