terça-feira, abril 21, 2009

Porque eu te amo...


Mesmo que você jamais soubesse da minha existência, ainda que nunca houvesse uma troca concreta nesta relação, sei que te amaria por toda a minha vida.
O amor nasce da admiração, nasce do simples fato de eu ver no outro um pedaço de mim mesma.
O amor se constrói a partir do encontro de sonhos, sentimentos, pensamentos... Independente dos donos destes sentimentos se encontrarem ou não.
O amor não carece de resposta, ele apenas é.
Quando nos vemos através dos olhos de outro alguém, quando sonhamos e brilhamos através dos passos de outro alguém, quando simplesmente somos mais felizes por saber que um determinado alguém existe, o amor se faz presente.
Eu não preciso estar fisicamente com alguém para desapertar neste alguém sentimentos belos, para fazer com que alguma coisa de mim encontre alguma coisa deste alguém e se complete por aí... Pelo ar...
Nossas ações, emoções e sentimentos existem independente da nossa vontade. Ou seja, eles têm “vida própria” depois que saem de nós.
Ainda que sejamos responsáveis por tudo e todos que cativamos, não temos como possuir a extensão do nosso ser, posto que tal extensão nada mais é do que algo que existe apart de nós, embora nascido em nós, vive independente de nós, perambulando por aí e encantando pessoas e univeros que vão muito além da nossa limitada existência.
Por que te amo? Porque você existe, e só por isso me fazes sorrir nas noites tristes. Por que te amo? Porque você me faz feliz quando tudo fica cinza ao me redor, porque você desperta em mim desejos e sonhos que estavam adormecidos outrora, porque você faz com que brilhe em mim o meu melhor quando olho para ti.

terça-feira, abril 07, 2009

De volta.


De repente me deu uma vontade de voltar ao passado...

Levantei calmamente, liguei meu simpático abajour rosa, peguei algumas folhas de papel despretensiosamente pálidas e me pus a preencher as mesmas com um pouco do que estava sentindo!

Eram noites tão completas... O vento adentrando pela janela, rondando o meu espaço e preenchendo-me de euforia. Parecia que me sorria! Olhava lá de cima e tudo parecia tão pequeno daquele lugar e, ao mesmo tempo, tão sob controle! Você me protegia (I could feel you protect me in the cold nights...), eu te amava e nada sob a imensidão deste universo poderia ser capaz de quebrar aquele encanto! Nem mesmo a imensidão do universo.

Quantos sons, sorriso, momentos familiares serão precisos para me levar de volta para casa? Era tão bom chegar lá e constatar que meu mundinho me aguardava, tão aconchegante, tão colorido pelas minhas idéias mirabolantes, tão meu...Assim como todas as minhas estrelas no teto do meu céu.

Sim, eu consegui! Eu jurei para mim mesma que o faria e cumpri minha promessa. Só não sei dizer quando foi que tudo se acabou... Quando foi que tudo desapareceu no ar e virou apenas uma lembrança fugaz... Quando foi que o vento parou de rondar meu pequeno quarto... Quando foi que minhas estrelas se apagaram...

Eu ainda tenho a imensidão do oceano bem como a minha gruta encantada para fugir nos dias ruins. Hoje quando olho para trás, mal me reconheço naquele retrato, mal consigo perceber aquela euforia que me invadia nas noites quentes e úmidas de verão. Mal consigo enxergar o esboço de mim mesma refletidos na certeza de que um dia eu estaria aqui, olhando para tudo isso e vendo que, finalmente, ainda que tendo que perder tudo que me era tão caro, eu consegui!