domingo, setembro 16, 2012

I Don’t!



Desisti de tentar entender as pessoas, as suas emoções, as minhas emoções, estas canções, estas lágrimas que insistem em cair. Desisti de querer respostas certas, claras e estáticas, como se a verdade de hoje assegurasse alguma coisa para o amanhã – e não, não assegura absolutamente nada – e esta incerteza me transtorna, me aprisiona na louca tentativa de agarrar e planejar a minha vida, como se isso fosse possível, como se os sentimentos fossem palpáveis e terrenos seguros do amanhã. Porém, nada é garantido nesta missão, nada é seguro, e viver neste cataclismo incerto da vida é um desafio sobre-humano para minha mente sedenta de “bolhas”, portos seguros, lugares “frescos” , lugares perfeitos.
Esta mesma musica tocava há seis anos atrás e há exatos seis anos eu estava sentindo a ira do furacão em minhas entranhas, exatamente como agora, exatamente como antes... E esta “roda da fortuna” que me faz voltar aos pontos de partida prova, mais uma vez, que o infinito reside nesta Gestalt sem fim que gira dentro e fora de nós. Nossas certezas apenas se transformam em nossos medos e, de novo, em nossas verdades que com o tempo nos prova que nada é permanente, nem mesmo perene, nesta roda gigante de vida. Que medo a vida me causa nestas horas onde a única segurança esta exatamente na incerteza do futuro que volta ao passado para nos fazer reiniciar todos os nossos passos e preces.
Sim, me leve na fúria do hurricane, me leve em seus braços e me leve para sempre, mesmo que o sempre esteja na continua incerteza de que a única certeza que temos é de que nada esta sob controle e que tudo, ao mesmo tempo, pode ter uma segunda chance de apenas se evaporar... No ar, dependendo, apenas, de onde se encontra a minha “roda da fortuna” agora.