quinta-feira, dezembro 26, 2013

I don't wanna talk.... But it Hurts!




Não sei como começar este pedaço de reflexão... Não sei como expressar como isso tudo me destrói, me consome e me liberta – da maneira mais agressiva que jamais pude imaginar-, mas liberta. Todo meu pranto você enxugou com devoção, toda minha insegurança se esvaiu a medida que você sedimentou minha “calçada encantada”, mas a vida é demasiadamente complexa para fazer sentido, quiçá perfeita. “playing by the rules”... É tudo que me resta, após todos estes anos de buscas intrigantes, nas noites mais improváveis, sob as árvores solitárias da minha adolescência... 


E ainda que nada de concreto tivesse sido construído... Havia o futuro, transbordando de sonhos infindáveis, havia a certeza de que em algum momento eu seria recompensada por acreditar cegamente – e ingenuamente – no “poder” do amor capaz de fazer "a terra girar em minhas mãos"! Mas eu me traí! 


Embora os meus fins de tarde ensolarados permaneçam intactos - nos meus eternos 16 anos - você continua sendo meu anjo e, como na minha infância, eu continuo pecando – toda vez que hesito entre a dor e o amor. Mas, sabe? Eu ainda estou viva! Ainda consigo respirar! 

Poucos são aqueles capazes de enxergar além destas rasas palavras cheias de sentimentos contraditórios despejadas nesta despretenciosa tela em branco. E só aqueles que enxergam a minha alma e, que de alguma maneira um dia a tocaram, podem compreender o segredo que guardo e queima dentro de mim. No mais eu estou bem, vivendo dentro do quadrado perfeito que eu criei para minha própria segurança. Ele é de certa forma ‘seguro’ e tão cinza quanto os meus mais indeléveis medos.