sábado, novembro 26, 2005

Na Escada...

Fico noites inteiras vidrada em cada palavra, expectativa e desencontro. "Eles" foram tão fortes, tão íntegros, tão mágicos(....) Deve ser mais uma fábula surreal que alguém escreveu.
Procurei me manter sempre otimista e sorridente. É a minha menina, que sorri sempre... Até na agonia, da infantil tarefa, de ser adulta.
Você não tem o direito de me arrastar assim para a sua tormenta! Tenho vontade de fazê-lo sofrer mil vezes mais, cada segundo da minha vida, que parei para pensar e tentar adivinhar, a sua maldita mania de me confundir! Ando sonhando muito ultimamente, e vejo-me diante de um divisor de águas. Poderia descrever calorosamente cada segundo de prazer que senti, cada tremor, cada emoção... Cada momento que, de olhos fechados, senti seu coração entorpecer em minhas mãos... Foi algo místico, complexamente simples e indescritível. Poderia sugar com toda força o feitiço do tempo e me contaminar com a sua delirante energia. Acontece que há algo mais denso, mais longínquo, mais imenso nisso tudo. Ainda não se o que é...
Que lindo.... Estava na escada, bebendo uma garrafa de água, apenas na escada... Observava a multidão agoniada. E era rainha na escada. Sozinha e infinitamente bem acompanhada. Quem beijaria minha cruz com tanta audácia? Como descobriu que eu estava naquela história? Como conseguiu entrar em mim? Fez-me sentir meses de calor em pleno inverno. Jogou com a pedra mais cara e com minha jóia mais rara sem hesitar(...) Virou uma doce ilusão de outono.
Voltando a canção, e ao "pedaço de papel", surpreendo-me com a leitura de frases idênticas. Talvez porque a sua mensagem ainda não tenha sido "escutada", talvez porque não haja mais nada para esperar de tais palavras.
Enquanto os os meus fantasmas se divertem eu vou esperando toda tempestade passar. E, pode passar bem devagar... não tenha pressa! Não chore por mim quando eu disser adeus. Nunca diga que fará, ou que estará lá(...) Não me faça esperar mais, não ouse brincar.
Não me faça te odiar meu amor!

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