terça-feira, fevereiro 14, 2006

Tristeza inexata

Minha tristeza hoje não é exata, não é compreensível e muito menos traz alívio algum.
Rodas gigantes de emoções. Moedas de vários lados. A eterna duplicidade que sempre me carrega e que me leva a um estado de cansaço interior quase insuportável.
Esperava mais. Sempre espero mais do que o possível. Até que um dia cansei e passei a não esperar NADA. Nada que pudesse se realizar plenamente. Aprendi desde cedo que a vida está longe de ser um lugar a passeio.
Quando tenho que voltar a crer de novo, preciso do dobro de forças de antes. Ando "caindo" em todas as promessas, e isso é quase tão bom quanto preocupante.
Uma vez que ninguém enxerga o que se passa dentro do meu coração, cuido para não deixar vir à tona a minha mais verdadeira emoção. Cuido de “deitar” em meu mundo secreto e esquecer que um dia quase fui feliz. Medo? De que, me diz? Depois que se conhece o fundo de um abismo sem fundo, nada é tão apavorador assim. Só não quero ir lá de novo, mas e se for? E se tiver de cair e descer?
"Quando estiver sozinho, quando nada nem ninguém fizerem mais sentido, lembre-se: você está livre agora".
Olhe bem nos meus olhos e não diga que eu não avisei.
"- É nisso que apostas? Ta disposto a correr todos os riscos? Então não esqueça de me deixar em paz depois do fim!”.
Sagrado mesmo é o meu “altar”. O verdadeiro e único rumo da minha vida. Jamais deixarei quem quer que seja entrar lá. É meu refúgio e a minha única razão para me mostrar, às vezes, a todos vocês.
Meu "altar" ...Quem sabe não consigas penetrar?

Um comentário:

Anônimo disse...

Vou lutar todos os dias pelo resto de minha vida pra conseguir "penetrar" no seu "altar"... sei que é uma tarefa muito difícil, mas tenho paciência e determinação... e, se eu chegar lá, você vai certamente se sentir ainda mais "em casa"... e se sentirá "em paz depois do fim"...