domingo, março 18, 2007

"(...) Cedo ou tarde isso pode acabar(...)"

Sabe aquela hora onde todas as razões escapolem por entre os dedos e afundam no buraco mais profundo à sua frente? Sabe aquela impotência que te amarra, de forma quase material, ao chão e a única coisa que te resta é ajoelhar e rezar?
Sabe todas as certezas que você aprendeu nos livros, nos cultos, construindo a sua personalidade entre amigos? Pois é, elas não resistem a menor constatação de fragilidade diante da vida... Diante da morte.
Por mais crédula, resignada e racional que eu possa ser diante da vida e às suas leis, não há como não me sentir, apenas, como uma simples mortal perdida e apavorada por sentir que alguém muito caro, muito raro, muito meu pode me dar “aquele adeus”.
E quem sou eu para fazer queixas e dar chiliques diante da vida? Ligo a minha TV e vejo a impunidade imperando nas ruas, as maiores mazelas do mundo matando cada criança só com o olhar. Vejo a crueldade espalhada durante quilômetros de crueldade e... Vejo todos sobrevivendo a este caos como zumbis, de olhos fundos e distantes, corações pequenos e amarrotados, alma amontoada de “por ques”.
Mas eu sei que “Deus não é tão mal assim”.
Sabe quando não adianta saber as razões e as explicações porque, mesmo assim, você não se conforma de ter que dizer adeus às histórias que compuseram a sua própria história? O seu próprio Eu?
É irracional este sentimento, até porque, é só sentimento. Não há razão, ponderação.
É só emoção, sensação e saudade...
“Cuidarei eternamente das nossas conversas, das nossas lembranças juntos, dos momentos que construímos através do amor fraterno e desinteressado de pai e filha. Cuidarei para sempre da tua melhor imagem, da tua melhor memória, das tuas belas glórias e o farei imortal através dos meus”.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom... sentimentos são sempre bons... alegra-me tua vivacidade em explodir seus sentimentos