domingo, dezembro 25, 2011

O Fim.


Dizem que a morte faz parte da vida, assim como a velhice da juventude, a tristeza da alegria, a doença da saúde. Sempre tive dois grandes medos nesta vida, dar “aquele” adeus aos meus, e olhar no espelho e pensar: “quem é esta mulher?”. O tempo, de forma inexorável e quase desrespeitosa, vai levando tudo que vê em sua frente e se quer pergunta se você está preparado para continuar! Não há escolhas! Não há como "voltar atrás” e retificar alguma coisa, qualquer coisa, ou todas as coisas. Uma vez eu li que se você não gostasse do seu passado, você poderia simplesmente ignorá-lo e reconstruí-lo em sua memória, criando, assim, o passado que você gostaria de ter tido, mas e daí? Eu me pergunto: se eu recriasse a minha história, ainda que de forma lúdica e hipotética, eu não estaria forçosamente “criando” um outro eu? E quem garante que este “outro eu” iria gostar deste “outro passado”? Eu só sei que a morte e a velhice me apavoram, ambas na verdade são a expressão do fim! Uma do fim de tudo que nos rodeia nesta existência física (aí cada um pode ver este fim como O FIM ou um recomeço extra físico, que soa como um alento muitas vezes ou algo quase poético).

O fato é que eu não sei o que vem depois deste "fim" e a ideia de deixar de ser não me é nada agradável!!! A velhice nos mostra quão vulneráveis e efêmeros nós somos, ela, de forma quase sádica, nos força a viver tudo que é revigorante e animador na juventude, para depois nos colocar no nosso devido lugar: somos um pedaço frágil de vida que teve muita sorte por chegar à sombra do que fomos outrora. Ah, claro, há toda a sabedoria que a idade e maturidade nos trazem, e todos os erros que cometemos ficam tão escancaramente claros nesta etapa! O problema é que só serve de reflexão, não tem como fazer nada de prático para mudar o rumo dos erros passados. Há muita música nostálgica... Muitas fotos cheias de emoção de outrora - quase desbotadas pelo tempo que assola a sua própria imagem-, há a lembrança de dias tão distantes que parece que muitas vezes ocorreram em uma outra vida...

6 comentários:

Anônimo disse...

É importante refletir sobre isso que você escreveu.Nós temos que lidar com a velhice e a morte,senão,como lidaremos com nós mesmos?

cristiane disse...

Acho que é importante refletir sobre muitos assuntos e é claro que a velhice e a morte nem sempre vão andar juntas,nosso erros sempre irão servir para reflexões e cabe a nós pega-las e transforma-las em algo melhor para nosso futuro! Temos que refletir sobre muitas coisas e sei que estou sendo repetitiva mas o importante mesmo é não deixar que essas coisas que assolam nossos pensamentos não nós permita seguir em frente pois isso creio eu ser o mais importante as outras diversas coisas somente o tempo nós dirá porque tivemos que passar por elas!

Kariny Martins disse...

É um assunto bem triste,e é uma coisa que não podemos evitar, como quase tudo na vida.
Como sempre seus texto está perfeito!
PARABÉNS!

Anônimo disse...

Você escreve muito bem, parabéns!
Adorei esta parte: "...A velhice nos mostra quão vulneráveis e efêmeros nós somos, ela, de forma quase sádica, nos força a viver tudo que é revigorante e animador na juventude, para depois nos colocar no nosso devido lugar: somos um pedaço frágil de vida..." - nunca tinha visto desta forma, e é verdade!

Abraços,
Keila.

Mag disse...

Cathy

Lendo o seu post me vem em mente o versículo de
Eclesiastes 12:1
Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.

Anônimo disse...

Gosto de seus textos e reflexões q me levam também a reflectir... os seres humanos, nós que experienciamos a vida e vamos envelhecendo aprendendo algo, não deveríamos ser apenas pedaços frágeis de uma vida e sim tentar elevar essa vida e tudo fazer para realizar sonhos e vive-los... apesar de contínuamente encontrarmos tanta resistência e oposição á volta.Daí q lutar é preciso, contra nós mesmos e outros...enfim, tlv por isso, a vida é luta contínua. Como combater, q armas?... O amor? Há, há, há...Bjs frágeis