segunda-feira, maio 22, 2006

Vi(...)

Vamos entrar no universo perigoso da sensibilidade. Aquele lugarzinho onde tudo é infinitamente potencializado e pode, às vezes, levantar pequenos cacos de vidro em meio a jardins floridos.
Dias corridos, noites em claro, prazos para cumprir e um futuro lindo para viver...
Andei sobre as águas, sobre as pedras, sobre os meus sentimentos egoístas, rasos e delicadamente intensos. Andei sobre tudo aquilo que me fez chorar e sorrir. Vi minha fortaleza ruir diante da minha necessidade de encontrar um colo no meio da noite fria e escura.
Vi a minha esperteza ser enganada facilmente por uma fraqueza infantil de acreditar nas doces palavras de amor.
Vi minha integridade e maturidade, lapidadas com tanto esforço ao longo de tantos anos, ruírem por terra diante do primeiro “não”.
Na hora que tremi de terror e angustia pela revelação, me vi de fato, como realmente sou: uma menina, sozinha e sonhadora, que costuma acreditar em estrelas cadentes e se perder olhando os aviões que rasgam os céus. Apenas isso... Uma coisinha tão frágil que abro a cada dia e que me faz ver o quanto eu preciso de você, minha menina!

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