segunda-feira, outubro 30, 2006

Through myself...

Ouvindo Danny Pelfey, mais uma vez, sinto uma saudade abafada e tão profunda de reviver e penetrar outra vez “naquele mundo” de intensa magia. Onde eu me isolava da frieza dos dias e aconchegadamente deitava-me sobre as minhas quentes lembranças para, de forma concentrada: partir, mais uma vez, para “aquele mundo” tão intenso, tão introspectivo e tão meu que eu revivi durante dias através de uma tela surreal disposta, gentilmente, em minha frente.
Eu vivia, sentia e chorava as “suas” dores e alegrias, as suas conquistas e derrotas e nesta delirante troca eu me via lá... Longe de tudo que me machucara durante o cansativo e repetitivo dia. Eu me via lá: através de gotas espalhadas na “sua” janela, transcrita em cartas de amor e anuários juvenis. Como fui feliz vivendo a vida de outras pessoas! Que na verdade só refletiam as minhas próprias emoções.
Como me descobri assistindo a mim mesma através desta troca! Mas, em qual momento eu me deixei levar para longe “deles”?
A musica foi, é e sempre será a minha eterna ponte para o sempre. A minha eterna ligação com o tudo e com todas as coisinhas tão lindas que me tocaram profundamente um dia, em algum lugar, por algum motivo – quase sempre sem importância - mas, significativo pela existência da lembrança.
A musica é a minha maquina do tempo. A minha energia transcendendo através de sons, letras e notas.
É como um sonho, sem inicio e sem fim, agora eu estou aqui sentada e ao fechar os olhos posso transitar em todos os labirintos mágicos da noite e dos tempos.
É um sonho... Onde não se acorda, simplesmente porque não há nada para buscar do outro lado. Tudo que ficara para trás foi só dor e decepção. Então, sou livre para continuar porque tenho a chave que destranca a porta do mundo mais incrível onde já estive na minha vida. Meu verdadeiro tesouro... Poderia dizer, porque não, que o verdadeiro encontro comigo mesma.

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