domingo, fevereiro 20, 2011

A rejeição.


Então qual é mesmo a pior maneira de ser ignorada? De se sentir cega no marasmo de palavras e ações absurdamente inúteis? Dia desses eu necessitei, como nunca, ou sempre, desesperadamente da atenção de alguém, de alguma coisa, de nada... Então, seguindo a famosa lei universal que rege todas as coisas bastou eu precisar que prontamente não tive, óbvio, a mínima atenção. É aquela velha história... Deseja e precise desesperadamente de algo que ele, este algo, não virá na sua direção. Tentei agir como a pessoa mais leviana, despretensiosa e, ao mesmo tempo, absurdamente pretensiosa ao imaginar que meus poderes mais ingênuos funcionariam de alguma maneira. Eu sei, é terrível esta sensação, como se caminhássemos entre surdos indiferentes e berrássemos desesperadamente para sermos enxergados, e por que não? Escutados! A rejeição tem farias faces e uma das mais feias é aquela disfarçada de “atenção”. Eu sei, eu provoquei tudo isso quando depositei em você expectativas que não és capaz de suprir em mim, não tens culpa. A culpa é da irracional necessidade de sermos amados, como se isso fosse algo tão simples, como se isso fosse até possível. Sim, não posso negar as vezes que me senti amada, protegida e profundamente cuidada, mas, sim, não posso esquecer de toda a amargura que cada dia desse marcou em mim quando tive que enterrar no fundo da minha alma todas as possibilidades infinitas do nosso amor nas caixas mais sujas e desbotadas em que guardei toda a nossa história.

8 comentários:

Professora Lu disse...

Consegui reviver momentos meus tão íntimos lendo o teu texto, revivi as dores e a solidão...
Tudo isso dói demais...

Anônimo disse...

É isso. E é triste, o tempo passa... a gente percebe que a decepção continua intacta, parece que petrifica.

sandrina disse...

MUIO BOM...PARABENS!!!

simplesmente Rö disse...

nossa serviu como uma luva nos meus sentimentos hj...bem isso coração é bobo mesmo a gente se entrega e se machuca...culpa nossa mesmo só nossa...mas ficou lindo.

Geraldo Duarte disse...

Olá, navegando no infomar, aportei no teu blog. Lindo!

A vida é feita de escolhas e atitudes, muitas vezes procuramos culpados quando a culpa é nossa!

Somos unicamente responsáveis pelo que somos, por onde estamos. Sobreviver é mediocre, mesquinho e pequeno, a maioria das pessoas se conformam em apenas sobreviver, EU PREFIRO VIVER...correr o risco de ser FELIZ...mas buscar isso diariamente, não quero nada ETERNO, quero que dure enquanto valer a pena.

A tristeza de um fim é a certeza da alegria de um recomeço!

www.geraldoduarte.blogspot.com

(texto sem revisão para não ficar perfeito...rss)

Maresia disse...

Passei por mero acaso mas aproveito para desejar que encontres o teu rumo, que ele te leve na direcção dos teus sonhos e desejos!

Bj!

Mário Russo disse...

Olá Cathy. Vim dar ao seu Blog Morro dos Ventos Uivantes e gostei do que li. Parabéns! Lembrei-me de um pequeno/grande poema de Clarice Lispector que aqui lhe deixo com votos de tempo bonançoso, mar chão, brisas suaves e boas singraduras.

Mário

"Mas há a Vida

Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata."
Clarice Lispector

O diário da vida. disse...

Adorei o texto, eu passo por isso, e ao ler seus palavras tão profundas revivi momentos passados e que marcaram uma grande história, já enterrada também por sinal. Siga assim, escrevendo não só com as palavras como também com o coração.