segunda-feira, janeiro 16, 2006

Caminho...

Engraçada a forma como a vida nos coloca em "cach”? Sempre lembro-me de um aviso: “Veja bem o que a vida quer te mostrar com esta situação". Simplesmente não consigo ver uma saída feliz. Alguém pode se ferir muito e talvez, todos. Joguei-me, literalmente, nos "teus" braços. De todas as formas e com todas as possíveis cores do mundo. Vi no fundo do “oceano do olhar" tanta tristeza(...) Penso ininterruptamente em tudo isso e fui obrigada a machucar mais ainda o coração. O meu fica em pedaços, espalhado pelo chão da casa, de todos os cantos da sala e dos quartos. Onde conheço cada cantinho familiar. Queria tanto poder entrar aí de novo! Queria tanto voltar pra casa! Queria tanto saber qual é o caminho (...). Que bobagem a minha, afinal, quem saberia qual é o caminho?
Sinto na noite os meus pulsos frios, minha cabeça gira devagar, e, às vezes, me desprendo de tudo que causa dor e vou além. Cair no vazio é mais difícil do que eu supunha. Mas ainda é o melhor caminho quando não se tem mais o "seu lugar".
Sairei por ai sem olhar ao redor, sem pedir licença e sem esperar o que nunca voltou. Apenas sairei por ai com a minha cesta de estrelas e a minha única arma: A fé nas razões sem razão da vida.
Não senti mais o coração bater forte e muito menos emoção alguma que me fizesse sorrir, vibrar. A verdade é que o vento frio da morte não tem coração, logo, não traz insulto algum em seu caminho.

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